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Frísio ou Friesian é uma raça de
cavalos de cor negra e com pêlos compridos nas pernas. É um animal de
temperamento dócil e fisicamente bastante robusto. É criado principalmente na
Frísia, litoral norte dos Países Baixos, de onde se origina seu nome.
É difícil datar a origem do
cavalo de Friesian com precisão. É certo que o cavalo era famoso na Idade Média
pois é achado em trabalhos de arte daquele período. No século XVII foi usado
para levar carga debaixo de sela. Devido ao seu esplêndido trote, o Friesian
foi também usado posteriormente para trabalhos leves. Isto, infelizmente,
limitou seu uso em agricultura e conduziu a seu declínio do número de animais
no início doséculo XX. Ele quase foi levado à extinção durante a Segunda Guerra
Mundial pois era muito utilizado para puxar os canhões, tendo restado apenas
cinco garanhões e algumas éguas após a guerra. Uma procriação sistemática
restabeleceu a qualidade da raça e seus números são crescentes atualmente.
Mede cerca de 1,65 m.1 Destaca-se
por ser um excelente animal de tiro, embora também seja utilizado como animal
de sela. É um animal fácil de ser mantido do ponto de vista econômico, e é
muito dócil.
O cavalo Frísio ou Friesian é o
único nativo dos Países Baixos que conseguiu sobreviver à passagem do tempo. As
suas origens remontam a séculos atrás. Sendo uma das mais antigas raças na
Europa, esteve à beira da extinção várias vezes ao longo do último século.
Graças à devoção de um grupo de entusiastas, sobreviveu até o presente,
gozando, hoje, de grande popularidade em todo o mundo.
História da raça
A sua origem se deu por volta do
ano 500 a.C., quando o povo frísio se estabeleceu ao longo do mar do Norte
trazendo os seus cavalos, descendentes diretos de Equus robustus. No ano 800, o
mar do Norte era denominado mar Frísio, local onde se desenvolveu a raça.2
Em cerca de 150, historiadores
romanos mencionaram a presença da cavalaria frísia na Britânia, na fronteira
entre a Escócia e a Inglaterra. A cavalaria era formada por soldados montando
garanhões Friesians.
O escritor inglês Anthony Dent
remete também para o aparecimento de tropas independentes frísias em Carlisle,
no século IV, igualmente formada por ginetes no lombo de cavalos Friesians. Ele
também menciona a influência do cavalo Friesian na raiz do Shire e também nos
póneis Fell.
Há inúmeras ilustrações de
Friesians que participem em torneios e justas na Idade Média.
A primeira data escrita sobre o
cavalo Friesian remonta a 1544.2
Durante as Cruzadas e até o fim
da guerra dos oitenta anos, foi introduzido sangue de cavalos árabes. Ao longo
do século XVII, os Friesians compartilhavam pistas com cavalos de origem
espanhola em várias escolas onde se pratica a Alta Escola de Equitação.
No fim do século XIX, devido ao
declínio da Europa feudal, a presença do cavalo Friesian ficou reduzida à
província da Frísia, onde se celebravam corridas de trote de Friesians
atrelados acarruagens. Essas corridas logo se tornaram uma festa popular que
ocorriam ao longo de toda a província. Em 1823, King Willem entregou um
"chicote de ouro" ao vencedor de uma grande corrida de trotadores.2
Em 1° de maio de 1879, numa
pequena aldeia chamada Roodahuizum, foi formado o Registro Genealógico de
cavalo Friesian, o FPS, e assim, dar o primeiro passo para a salvação da raça.3
Tal foi o desastre que em 1913 foram apenas três garanhões em serviço,
abrangendo: Prins 109, Alva e 113 Friso 117.2 Foi quando uma centena de
agricultores, preocupada com a situação agonizante da raça, juntou-se para
criar uma parceria para a preservação do frísio. A eles, se deve a salvação da
raça. O luxuoso cavalo passou a se tornar um cavalo de trabalho nas fazendas,
algo lógico se se pretende competir com os pesados Bovenlander.3
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