terça-feira, 14 de maio de 2013

A raça Takh, O cavalo selvagem da Mongólia







A Mongólia Interior,na fronteira da China com a Mongólia e a Rússia , é habitada pelos herdeiros  do conquistador Genghis Khan , donos de grandes extensões de terras.

 Conhecidos como um povo muito guerreiro, os mongóis são acostumados a se utilizar da força para terem o que querem. Essa região chamada, Mongólia Interior é uma região autônoma da China, isto é, ele tem alguma “liberdade” em suas decisões. O povo que habita na Mongólia Interior é o mesmo que habita do outro lado da fronteira a Mongólia, separados apenas pela fronteira.

Foi nessas terras que nasceu um dos povos mais famosos do mundo, também foi lá que nasceu o mito dos poderosos cavaleiros que não tinham piedade de seus inimigos. Estes cavaleiros andam montados em um cavalo, e por causa disso o povo mongol se tornou especialista em domar e criar cavalos. Esta tradição criou o famoso cavalo selvagem da Mongólia, um cavalo de porte pequeno , mas de força suprema.



 Infelizmente este belíssimo exemplar entrou em extinção e não vive mais livre pelos lindos campos mongóis.

Esta espécie de equino é oriundo dos desertos asiáticos mongóis, atualmente se encontra em extinção. Porém algumas instituições que lutam pela sobrevivência deste grupo de animais, está se esforçando para que além da quantidade possa aumentar, eles possam voltar a viver livres na natureza, em seu habitat natural.

O general russo Nikolai Prjevalskis conheceu esta linhagem de cavalos em 1881, quando se apaixonou e descreveu sobre estes animais selvagens. Quando o então general espalhou seu fascínio pelo animal em manuscritos, por toda a Europa esta descoberta acabou despertando o interesse dos veterinários, zoólogos ou simplesmente apreciadores de animais belos e raros.


Aproximadamente 20 anos depois, no inicio do século 20, estes europeus curiosos com o animal que encantar o general Prjevalskis, organizaram uma caçada aos cavalos selvagens. Porém de todos os animais que eles capturaram, apenas 53 sobreviveram a grande viagem da Mongólia à Europa. Estes animais sobreviventes foram espalhados por jardins e zoológicos europeus.

 Testemunhas da passagem dos séculos, a raça Takh, originária da fria e longínqua Mongólia, tem em sua história um épico de superação. Com um par de cromossomos a mais que as demais raças de cavalos, são para outros eqüinos, o que os lobos são para os cães. Tal condição confere características muito peculiares de força e resistência. Isso, contudo, não impediu que esse raro gênero passasse muito perto da extinção.


 Em 1969 havia sido o ultimo ano em que foi visto um animal solto no deserto de Gobi, na Mongólia. Depois disso não foram mais avistados exemplares desta espécime em liberdade e por isso ela foi considerada extinta da natureza.

 Porém no inicio dos anos 90 foi criado um plano para tentar salvar a espécie, através do exemplares que ainda existiam nos jardins e zoológicos americanos e europeus. O plano consistiu em resgatar os animais dos zoológicos e jardins que se encontravam e levá-los de volta a sua habitat natural.

 Uma organização Holandesa financiou o plano e duas ongs ambientalista conseguiram levar de volta os animais para os campos da Mongólia.

 Em 1992, no dia do meio ambiente, 5 de junho, 16 exemplares da espécie chegaram a Mongólia, porém só foram soltos 2 anos depois, eles precisavam passar por um período de readaptação e assim foi feito, eles foram reintroduzidos no Parque Nacional de Hustai. Esta reintegração foi motivo de muita festa, foi muito comemorado pelo governo e pela população.


No mundo inteiro existem aproximadamente em 150 jardins e zoológicos, cerca de 2.000 exemplares do cavalo selvagem, o único porém é que estes 2.000 animais são descendentes diretos de apenas 14 animais que estavam na Europa, ou seja eles são parentes diretos. Afinal, estes 14 animais foram sendo cruzados entre si afim de evitar que a única espécie de cavalos selvagens fosse extinta.

 Pode parecer estranho mas os Cavalos Selvagens quase foram extintos novamente, dessa vez além da caçada e retirada indiscriminada dos animais de seu habitat natural, os cidadãos naturais daquela terra começaram a caçar o cavalo Prjevalski para comer sua carne.


Então entrou em ação novamente os grupos preservacionistas europeus. Foi feito um acordo entre algumas ongs, entre elas a WWF e o Parque Nacional de Cévennes (França), o projeto ganhou o nome de Takh, nome da língua mongol que significa “cavalo selvagem”.

Foram introduzidos no Parque francês, algumas centenas de exemplares da espécie, em uma área de aproximadamente 300 hectares. Eles são criados de forma simples seguindo as condições naturais e sem nenhum contato humano. A esperança dos responsaveis pelo projeto é que um dia os animais possam voltar a seu habitat na Mongólia.

                     # Fonte : site culturamix.com



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