A Mongólia Interior,na fronteira
da China com a Mongólia e a Rússia , é habitada pelos herdeiros do conquistador Genghis Khan , donos de
grandes extensões de terras.
Conhecidos como um povo muito guerreiro, os
mongóis são acostumados a se utilizar da força para terem o que querem. Essa
região chamada, Mongólia Interior é uma região autônoma da China, isto é, ele
tem alguma “liberdade” em suas decisões. O povo que habita na Mongólia Interior
é o mesmo que habita do outro lado da fronteira a Mongólia, separados apenas
pela fronteira.
Foi nessas terras que nasceu um
dos povos mais famosos do mundo, também foi lá que nasceu o mito dos poderosos
cavaleiros que não tinham piedade de seus inimigos. Estes cavaleiros andam
montados em um cavalo, e por causa disso o povo mongol se tornou especialista
em domar e criar cavalos. Esta tradição criou o famoso cavalo selvagem da
Mongólia, um cavalo de porte pequeno , mas de força suprema.
Infelizmente este belíssimo exemplar entrou em
extinção e não vive mais livre pelos lindos campos mongóis.
Esta espécie de equino é oriundo
dos desertos asiáticos mongóis, atualmente se encontra em extinção. Porém
algumas instituições que lutam pela sobrevivência deste grupo de animais, está
se esforçando para que além da quantidade possa aumentar, eles possam voltar a
viver livres na natureza, em seu habitat natural.
O general russo Nikolai
Prjevalskis conheceu esta linhagem de cavalos em 1881, quando se apaixonou e
descreveu sobre estes animais selvagens. Quando o então general espalhou seu
fascínio pelo animal em manuscritos, por toda a Europa esta descoberta acabou
despertando o interesse dos veterinários, zoólogos ou simplesmente apreciadores
de animais belos e raros.
Aproximadamente 20 anos depois,
no inicio do século 20, estes europeus curiosos com o animal que encantar o
general Prjevalskis, organizaram uma caçada aos cavalos selvagens. Porém de
todos os animais que eles capturaram, apenas 53 sobreviveram a grande viagem da
Mongólia à Europa. Estes animais sobreviventes foram espalhados por jardins e
zoológicos europeus.
Testemunhas da passagem dos séculos, a raça
Takh, originária da fria e longínqua Mongólia, tem em sua história um épico de
superação. Com um par de cromossomos a mais que as demais raças de cavalos, são
para outros eqüinos, o que os lobos são para os cães. Tal condição confere
características muito peculiares de força e resistência. Isso, contudo, não
impediu que esse raro gênero passasse muito perto da extinção.
Em 1969 havia sido o ultimo ano em que foi
visto um animal solto no deserto de Gobi, na Mongólia. Depois disso não foram
mais avistados exemplares desta espécime em liberdade e por isso ela foi considerada
extinta da natureza.
Porém no inicio dos anos 90 foi criado um
plano para tentar salvar a espécie, através do exemplares que ainda existiam
nos jardins e zoológicos americanos e europeus. O plano consistiu em resgatar
os animais dos zoológicos e jardins que se encontravam e levá-los de volta a
sua habitat natural.
Uma organização Holandesa financiou o plano e
duas ongs ambientalista conseguiram levar de volta os animais para os campos da
Mongólia.
Em 1992, no dia do meio ambiente, 5 de junho,
16 exemplares da espécie chegaram a Mongólia, porém só foram soltos 2 anos
depois, eles precisavam passar por um período de readaptação e assim foi feito,
eles foram reintroduzidos no Parque Nacional de Hustai. Esta reintegração foi
motivo de muita festa, foi muito comemorado pelo governo e pela população.
No mundo inteiro existem
aproximadamente em 150 jardins e zoológicos, cerca de 2.000 exemplares do
cavalo selvagem, o único porém é que estes 2.000 animais são descendentes
diretos de apenas 14 animais que estavam na Europa, ou seja eles são parentes
diretos. Afinal, estes 14 animais foram sendo cruzados entre si afim de evitar
que a única espécie de cavalos selvagens fosse extinta.
Pode parecer estranho mas os Cavalos Selvagens
quase foram extintos novamente, dessa vez além da caçada e retirada
indiscriminada dos animais de seu habitat natural, os cidadãos naturais daquela
terra começaram a caçar o cavalo Prjevalski para comer sua carne.
Então entrou em ação novamente os
grupos preservacionistas europeus. Foi feito um acordo entre algumas ongs,
entre elas a WWF e o Parque Nacional de Cévennes (França), o projeto ganhou o
nome de Takh, nome da língua mongol que significa “cavalo selvagem”.
Foram introduzidos no Parque
francês, algumas centenas de exemplares da espécie, em uma área de
aproximadamente 300 hectares. Eles são criados de forma simples seguindo as
condições naturais e sem nenhum contato humano. A esperança dos responsaveis
pelo projeto é que um dia os animais possam voltar a seu habitat na Mongólia.
# Fonte : site culturamix.com
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